domingo, 3 de janeiro de 2010

Tão frágil e tão forte

Ter uma vida inteira de espera,
Passar cada segundo esperando uma coisa que não se sabe ao certo o que é!

Ansiar pelo desconhecido, desejar o que nunca se soube!

Querer correr de olhos fechados em um lugar sem luz, forçar a ir pra frente em um terreno desconhecido, vidros e laminas no chão que tocam um pé descalço, mas muita vontade de seguir!

A dor existe, é claro, é um fato! Mas a delicia da caminhada é inigualável, nem sei por que, mas queria saber! Talvez a vontade de alcançar o que sempre se sentiu falta, mas não se sabe o que é, motive a seguir!

A fragilidade da espera é rasgada quando se encontra o que se anseia, mas o medo torna os laços de união do desejo tão tênues que podem ser desfeitos pelo bater de asas de uma borboleta, mas ao mesmo tempo a intensidade da descoberta e o desejo de continuidade tornam tudo tão mais forte, que se faz a vontade de nunca terminar.

Tão frágil e tão forte ao mesmo tempo! O amar é assim, a tormenta que desatina enquanto se espera, enquanto se aguarda por tudo aquilo, enquanto sente falta de algo que não foi conhecido antes, mas a força de saber como é, de saber o que é faz seguir em frente. E, quando se encontra, o medo da perda, o medo da fragilidade é tão intenso que atormenta o pensamento e faz querer tornar tudo eterno. Faz quere ser mais forte para tornar tudo ais forte ao redor!

Mais forte e tão frágil, forte e frágil... O eterno que pode acabar na passagem de um segundo!